Dicas A Influência dos Anúncios Publicitários nas Decisões de Compra

A Influência dos Anúncios Publicitários nas Decisões de Compra

A Influência dos Anúncios Publicitários nas Decisões de Compra


No nosso cotidiano como consumidor temos que tomar decisões o tempo todo e não é somente qual o tipo de produto ou serviço comprar, mas também decidir se devemos comprar ou não, por quanto, onde e quando comprar. Estudos demonstram que o consumidor não compra um produto ou serviço apenas por razões racionais como pelo preço, pela qualidade, pelos benefícios e pelos recursos financeiros disponíveis. Elementos como emoção, liberdade, beleza, poder e status, também influenciam na escolha.

Entre os diversos fatores que influenciam o consumidor na decisão de comprar ou não comprar um produto ou serviço, destacam-se os fatores culturais, sociais, pessoais, psicológicos, tendências, entre outros. 

Segundo especialistas da área de marketing o processo de compra começa desde o momento em que o consumidor realiza a busca de informações, procurando valores e marcas, passando pela avaliação das alternativas até a decisão pela compra do produto ou serviço. Entre percepções, escolhas e decisão de compra surgem com força total às estratégias de marketing que tem a propriedade de interferir diretamente nesta combinação. 

No artigo 36 do Código de Defesa do Consumidor - CDC diz que “a publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal”. Isso quer dizer que nas campanhas publicitárias devem ficar bem claro que o propósito é promover comercialmente o produto ou serviço veiculado.

Todos os dias, seja através da televisão, rádio, sites, redes sociais, e-mail marketing, jornais, outdoor, pontos de ônibus, dentro dos coletivos e até mesmo em banheiros públicos, o consumidor tem acesso a uma avalanche de anúncios publicitários divulgando a abertura de uma nova loja, de promoções imperdíveis e de novas marcas. O alcance da propaganda é impressionante assim como a influência que ela exerce sobre as pessoas, chegando a provocar mudanças no seu jeito de comprar e nos seus desejos e necessidades.  

Sabe-se que o consumo faz parte da vida de todo ser humano, tendo em vista que algumas de suas necessidades básicas só podem ser supridas por meio da compra, mas quando o ato de compra acontece para satisfazer uma necessidade pessoal ou alimentar um desejo de consumo desnecessário, passa a ser denominado consumismo.

Grande parte dos anúncios publicitários induz as pessoas a hábitos de consumo e a gastar além da sua realidade financeira. O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros – ABEFIN, Reinaldo Domingos diz que diante da exposição do consumidor a tantas liquidações, promoções e descontos termina ficando difícil para ele resistir às compras, porém esse ato pode trazer consequências negativas para suas finanças. 

Não são poucas as vezes que uma pessoa, independente de sua idade, sexo ou classe social, acaba comprando um produto, iludida por uma campanha publicitária que apresenta o produto de uma forma que convence o indivíduo que se ele o obter vai elevar seu nível de bem-estar, saúde, poder, sucesso, conforto e felicidade.

O especialista em direito do consumidor, Leonardo de Medeiros Garcia diz que “a publicidade na atual sociedade de consumo de massa estimula não apenas o interesse dos consumidores acerca de determinados bens, como também induz ao consumo e busca convencer os consumidores da imprescindibilidade, conveniência ou importância de se adquirir certos bens”.  

Geralmente uma compra inicia pela motivação. O consultor de marketing Alexandre La Casas explica que “a força interna que dirige o comportamento das pessoas é a motivação. Os indivíduos sentem-se motivados a comprar, em grande parte impulsionada pela proteção a si própria”.

De acordo a psicologia existem dois tipos de motivação: a motivação intrínseca que tem origem em fatores internos do individuo, com sua forma de ser, seus interesses e seus gostos; e a motivação extrínseca que tem origem nos fatores externos ao indivíduo, como por exemplo realizar uma tarefa em função de receber uma recompensa ou consegui aceitação e popularidade.

As campanhas publicitárias são muito importantes para que o consumidor esteja sempre por dentro das novidades dos vários segmentos do mercado como alimentação, moda, tecnologia, estética entre outros, no entanto o consumidor tem que ter bom senso para decidir o que realmente precisa para viver bem e saber interpretar a mensagem de forma correta para não se deixar persuadir pelas maravilhas apresentadas nos comerciais publicitários. 

O psicólogo Márcio Simioni faz a seguinte recomendação: “Quando estiver exposto a anúncios ou imagens na mídia, pare por um momento e pense. Procure entender os elementos presentes, quais sentimentos despertam em você e se aquilo é real e factível para a sua situação, se é compatível com seus recursos. Considere os aspectos negativos daquilo que está sendo veiculado, eles existem, mas, obviamente, nunca serão apresentados em um anúncio”.

O fato é que as propagandas são bem elaboradas e apelam para nossas emoções fazendo-nos acreditar que temos necessidade de ter o produto ou serviço anunciado. Apesar de não ser uma tarefa fácil escapar do poder de sedução das campanhas publicitárias que estão em todo parte, o que podemos fazer é tomar algumas precauções e manter uma relação saudável e equilibrada com o consumo.