Alimentação Saudável: Variedade, Equilíbrio e Qualidade
Alimentação Saudável: Variedade, Equilíbrio e Qualidade
Nas últimas décadas diversas pesquisas indicaram mudanças importantes no comportamento da população brasileira em relação ao consumo alimentar, mas ainda é uma mudança muito lenta e nem sempre segue em ascensão.
Este fato se confirma pelo estudo realizado pela Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e a Universidade Estadual de Campinas que apontou que o consumo de alimentos saudáveis diminuiu durante a pandemia, com um índice de redução maior para a ingestão de verduras e legumes em cinco dias ou mais por semana, passando de 37% para 33%. No que diz respeito ao consumo de alimentos não saudável, neste mesmo período teve um aumento de 5% para os embutidos e hamburgers, 4% para os congelados e 6% para os chocolates e doces.
Ter uma alimentação adequada e saudável significa ingerir a quantidade certa de nutrientes, vitaminas, minerais e proteínas necessárias para o perfeito funcionamento do nosso corpo, optar pelos alimentos in natura ou minimamente processados e de boa qualidade e sempre que possível optar pelos alimentos orgânicos e por fim fugir ao máximo dos alimentos ultraprocessados, pois eles possuem vários tipos de aditivos químicos, sal ou açúcar em excesso, adoçantes, entre outras substâncias que são muito agressivas para nosso organismo.
As frutas, verduras, legumes, proteínas e cereais são grandes aliados da nossa saúde. De acordo com a nutricionista Nadia Szinwelski ter uma alimentação saudável “melhora o rendimento no trabalho, aumenta a memória e a concentração, o sistema imunológico é fortalecido, além de a boa alimentação prevenir e tratar doenças”.
Hoje em dia a internet se tornou a principal fonte de informação das pessoas e os assuntos mais buscados é sobre saúde, bem-estar e alimentação, diante disso o Ministério da Saúde recomenda tomar muito cuidado com as informações sobre alimentação e saúde encontradas na internet, pois poucas são de fontes confiáveis e algumas informações induzem modismo e é comum confundir alimentação saudável com dietas para emagrecer.
Na tentativa de que a população brasileira tivesse acesso a informações seguras sobre alimentação saudável, o Ministério da Saúde publicou em 2014 o “Guia alimentar para a população brasileira” com objetivo de passar algumas orientações sobre como combinar alimentos para criar alternativas de refeições saudáveis e saborosas para o café da manhã, almoço, jantar e para as pequenas refeições, baseando-se em alimentos in natura ou minimamente processados.
Existem alguns fatores que são determinantes para impedir a adoção de uma alimentação saudável e equilibrada pelos brasileiros, como o custo relativamente alto dos alimentos in natura ou minimamente processados, a quantidade de alimentos disponíveis, a renda familiar, a exposição incessante da população à publicidade de alimentos ultraprocessados, a falta de tempo das pessoas para preparar as refeições em casa, dentre outros.
Mas mesmo diante de algumas dificuldades é de suma importância que as pessoas reflitam sobre os grandes benefícios que uma boa alimentação tem ou pode ter para melhorar sua qualidade de vida e começam a dar mais valor ao processo de aquisição, preparo e consumo dos alimentos.
Dicas para ter uma Alimentação Saudável e Economizar
- Evitar fazer compras de alimentos em locais onde apenas são comercializados alimentos ultraprocessados;
- Faça ao menos parte de das compras de alimentos em pequenos mercados, feiras livres e de alimentos orgânicos;
- Levar uma lista de compras para evitar comprar mais do que precisa e/ou só porque o produto está em promoção;
- Trocar as redes de fast food por restaurantes e bares que oferecem uma grande variação de alimentos preparados na hora e ainda com a possibilidade de economizar, uma vez que muitos desses estabelecimentos o pagamento é pela quantidade consumida;
- Levar comida preparada em casa para o local de trabalho ou estudo é uma boa opção tanto econômica como saudável;
- Preferir variedades de verduras, legumes e frutas que estão na safra, pois neste período sempre terão menor preço;
- Comprar os alimentos in natura diretamente do produtor ou em estabelecimento que tiver menos intermediário entre o agricultor e o consumidor, além de reduzir os custos contribui com a economia local;
- Planejar o cardápio com antecedência, assim é possível escolher os alimentos mais saudáveis em vez dos ultraprocessados e ricos em gorduras, sal e açúcar.
De modo geral as pessoas tem conhecimento dos benefícios imediatos da adoção de uma alimentação saudável e dos riscos advindos e uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados, porém muitas pessoas ainda tem uma certa resistência em mudar a forma de se alimentar alegando motivos como: sabor dos alimentos in natura, falta de tempo de preparar as refeições, influência de outras pessoas, dificuldade de resistir as tentações dos alimentos ultraprocessados, entre outros.
Segundos os especialistas em nutrição o nosso paladar pode ser “educado”, então para quem não consegue ficar longe dos sabores acentuados dos alimentos ultraprocessados a dica é retirar aos poucos esses alimentos da lista de compras até se sentir confortável para consumir diariamente alimentos naturais ou minimamente processados. Lembrando sempre que a adoção de bons hábitos alimentares significa saúde e qualidade de vida.
O Ministério da Saúde elaborou um guia intitulado “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável” que vale a pena conferir, pois traz sugestões interessantes que vão ajudar no preparo das refeições.