Gastos Supérfluos: Como Diferenciar Desejos de Necessidades
Gastos Supérfluos: Como Diferenciar Desejos de Necessidades
Quando os
rendimentos mensais não são suficientes para cobrir os gastos e as despesas da
casa a culpa recai na crise que afeta nosso país, mas além da crise é
importante fazer uma reflexão dos hábitos e práticas de consumo.
Para aliviar as
despesas no fim do mês passa pela revisão de nossos próprios hábitos na hora de
comprar, pois muitas vezes acabamos levando para casa uma grande quantidade de
produtos não essenciais e este pode ser o grande vilão que está desequilibrando
o orçamento familiar.
Nesse sentido, a
recomendação é evitar compra por impulso adquirindo somente o que for
necessário para suprir as necessidades básicas da família, evitando, portanto,
a aquisição de produtos supérfluos.
Afinal comodiferenciar nossos desejos das nossas necessidades? No momento da compra é
preciso saber diferenciar se o produto escolhido é essencial ou se é apenas um
desejo que pode ser adquirido em outro momento ou mesmo descartado.
É preciso manter o
equilíbrio entre desejo e necessidade, porque algumas vezes nossas necessidades
podem nos levar a gastar mais do que deveríamos, transformando-se em
supérfluos. Por exemplo, água é essencial para sobrevivência, mas esta
necessidade pode se transformar em supérfluos quando escolhemos as águas
importadas, tônica ou com gás. O mesmo pode ocorrer com a escolha da comida, da
moradia, do vestuário entre outros.
Quando uma pessoa
consegue ter bem definido quais são suas necessidades reais de consumo fica
mais fácil cortar os gastos desnecessários e consequentemente se afastar das
dívidas e melhorar sua situação financeira.
Como Identificar e Cortar Gastos não Essenciais
Com um bom
planejamento financeiro e mantendo o equilíbrio entre gastos essenciais e
supérfluos, tendo como base a renda atual é possível viver livre de dívidas e
satisfazer seus desejos de compras sem terminar o mês no vermelho. Para isso é
preciso entender o que são gastos essenciais e o que são gastos supérfluos.
Os gastos
essenciais são aqueles que de forma nenhuma as pessoas podem abrir mão, pois
estão relacionados à sua sobrevivência social, tais como: moradia, alimentação,
saúde, educação dos filhos, contas básicas (energia, água, telefone, impostos
etc.). Esse tipo de gasto pode ser reduzido, mas jamais ser eliminado do
orçamento mensal.
Enquanto que os
gastos supérfluos são aqueles que se forem retirados do orçamento não farão
falta nenhuma, tais como: TV a cabo, telefone fixo, em algumas situações café
da manhã na padaria e os produtos tecnológicos de ultima geração.
Antes de comprar
um produto supérfluo é preciso se perguntar se realmente tal produto é
necessário e se dá para adiar ou mesmo desistir definitivamente de sua
aquisição.
Os gastos
essenciais devem ser prioridade no orçamento, mas é lógico que a decisão do que
é realmente indispensável cabe a cada um, porque muitas vezes o produto ou
serviço pode ser supérfluo para uns e não para outros. Assim é importante que
antes de incluir no orçamento familiar determinado produto analisar muito bem
se este é mesmo necessário no momento.
No atual cenário
que estamos vivendo saber diferenciar gastos essenciais e supérfluos tornou-se
imprescindível para que se tenha controle do que ganha e do que gasta evitando
assim a criação de dívidas.
Como Controlar o Impulso de Consumo
No nosso cotidiano
o apelo para consumir vem de todo lado, pelas propagandas bem elaboradas nos
diversos tipos de mídia, nos outdoors, nas vitrines das lojas, pelos frequentes
lançamentos de celulares, TVs, eletrodomésticos de ultima geração e pelas
ofertas “imperdíveis“ que chegam por e-mail ou pelas redes sociais. Todo esse
arsenal faz com que muitas pessoas acabam comprando um produto que não estão
precisando, ou seja, compram apenas por impulso.
Para muitas
pessoas sair às compras é um momento de prazer e de relaxamento, no entanto
deve-se estar atento para que esse ato não se transforme em um problema para
sua vida financeira. A psicóloga Cristiane Pertusi diz que é preciso saber lidar com a impulsividade, por isso quando uma pessoa sentir vontade de comprar
algo faça as três perguntas básicas “Eu preciso disso?” “Eu estou triste ou
preocupado com alguma coisa?” “O que eu vou ganhar em troca?” e avalie bem se
aquele produto é mesmo necessário.
Elencamos algumas
dicas que podem ajudar a economizar e não cair na tentação de levar para casa
produtos supérfluos e desnecessários.
Antes de sair para
as compras defina suas prioridades, suas metas e que pode gastar naquele
momento; faça uma inspeção nos seus utensílios domésticos e objetos pessoais
para não comprar artigos que já tem em casa; use o cartão de crédito de maneira
consciente e equilibrada; não se torne refém de nenhuma marca; avalie se
necessita mesmo daquele produto que está na promoção; nas compras online
reflita antes de efetivar a operação para não tomar decisões precipitadas; use
a criatividade e busque referencias e dicas na internet para orientar se suas
escolhas são mesmo necessárias.
Lembre-se que as compras desnecessárias ou por impulso, além de comprometer sua saúde financeira também representam impactos negativos ao meio ambiente.